Modo de aplicação em palmeiras

Para a correta aplicação de cada injeção, deve-se proceder como é descrito a seguir:

1. Praticar uma furação levemente inclinada para baixo no tronco empregando uma furadeira e uma broca de metal de 7 mm de diâmetro e de entre 35 cm e 50 cm de longitude. Introduzir e extrair 2 ou 3 vezes a broca a fim de que a furação fique limpa, sendo muito importante que a mesma atinja pelo menos o centro da palmeira, onde se acham os feixes vasculares mais ativos. Levar em consideração que as furações são realizadas a diferente altura umas das outras, sendo distribuídas homogeneamente ao redor do contorno (a cada 20 cm – 25 cm) e todas elas a uns 2 m – 2,5 m de distância a respeito da coroa de folhas. Quando não for possível aceder a esta distância da coroa, aplicar mais abaixo tentando chegar à menor distância possível da mesma.

2. Inserir o conector no furo até que fique ajustado perfeitamente. Para isso basta empurrar com os dedos ou dar um golpe leve com um martelo de nylon, procurando que a cabeça do conector fique separada da casca pelo menos 1 cm.

3. Pressionar com os dedos ou com uma pinça o extremo mais alongado da injeção por baixo do fechamento metálico e praticar um corte –com a ajuda de uma tesoura- entre o ponto de pressão e o fechamento metálico. Conectar esse extremo da injeção à cabeça do conector e deixá-la suspensa até a absorção total, desde minutos a poucas horas. Recomenda-se mantê-la suspensa no interior da sacola protetora a fim de diminuir o possível risco de rompimento por exposição ao sol ou agentes externos.

4. Quando absorvidas as injeções, aplicar Mastic ou outro material selador para uma correta cicatrização, sendo este o único caso em que é aconselhada esta prática, ao considerar que as palmeiras têm só crescimento primário, carecendo de meristemas secundários que são os produtores dos tecidos de cicatrização.


Tratamento de Coníferas

O tratamento via injeção direta no tronco pode localizar o produto onde o inseto e o fungo desenvolvem seu processo alimentar (troncos, galhos, acículas e folhas escamosas) facilitando o controle da praga. Este meio de aplicação é totalmente respeitoso do ponto de vista meio-ambiental e podemos caracterizá-lo da seguinte forma:

A. Recomenda-se a aplicação a partir de agosto e até começo do outono.

B. Quanto à sua localização e distribuição no tronco, devemos levar em consideração que é preciso deixar uma distância superior a um metro a partir do ponto de injeção e até a cruz da árvore, para que o produto se distribua o mais uniformemente possível antes de atingir os tecidos onde se localizam as larvas e os fungos.

As injeções serão colocadas ao redor do perímetro do tronco respeitando as distâncias que indica a bula para evitar overdoses, colocando-as em diferentes alturas, ou seja, evitando aplicá-las no mesmo plano horizontal.

Recomendações de aplicação em pinheiros

A quantidade e rapidez de produção e saída ao exterior da resina da árvore dependem da época do ano, da espécie e do estado sanitário que tiver o pinheiro a ser tratado, podendo surgir alguma dificuldade no processo de absorção, pelo que recomendamos:

1. Como prova, aplicar apenas em uma das árvores, em um dia ensolarado, por volta do meio-dia.

Observar durante esse dia e o seguinte se houve rompimentos da injeção pelo ingresso de resina à mesma ou se pelo contrário é absorvida corretamente.

Caso não existirem inconvenientes com a aplicação de prova fazer o mesmo no resto das árvores a serem tratadas. Dessa forma são evitadas perdas de produtos desnecessárias. Evitar aplicações em condições de umidade relativa alta e/ou dias chuvosos e nublados.

2. É preferível fazer os furos com maior profundidade, para transpassar e evitar na medida do possível a área de concentração dos canais resiníferos mais ativos.

3. Se postos em prática os itens anteriores, o exemplar continua com problemas de absorção, outra opção seria colocar apenas os conectores sem aplicar as injeções para permitir a drenagem da resina, deixando vários dias até terminar de resinar. Depois, os conectores colocados podem ser destampados e/ou voltar a colocar uns novos antes de aplicar a injeção.

4. A maioria destes problemas se evita quando os tratamentos são realizados na saída do período invernal já que a emissão de resina é menor.

Quando é aplicado no período recomendado, permite que o princípio ativo esteja distribuído na árvore no início da primavera em coincidência com a maior atividade de patógenos produtores de pragas e doenças.

5. Pode aparecer algum caso isolado de que uma árvore pela sua fisiologia não permita a introdução do produto por injeção. Não obstante, estes apresentam porcentagens estatísticas irrelevantes.